Mercedes e Ferrari têm um desafio pela frente: evitar que a Red Bull encerre a temporada, vencendo as 22 corridas do calendário e humilhando as escuderias adversárias. Até agora foram 12 vitórias e o Mundial de Fórmula 1 2023 tem mais 10 pela frente. Nas projeções das duas equipes, um circuito favorável para quebrar a sequência da Red Bull seria Interlagos onde será disputado o GP de São Paulo de Fórmula 1, dias 3, 4 e 5 de novembro.  

O presságio feito pelo piloto da Mercedes George Russell, no começo do campeonato, de que a Red Bull poderia vencer todas as provas do ano segue assombrando as demais equipes.  

‘Nunca diga nunca’ foi a resposta de Lewis Hamilton respondendo a uma pergunta se ele já tinha jogado a toalha em relação a uma vitória no campeonato. A Ferrari, por sua vez, não perdeu a esperança de sair vencedora ainda este ano. Ferrari e Mercedes, por outro lado, já pensam também no desenvolvimento dos respectivos monopostos que levarão para a pista em 2024. 

Por que Interlagos? No ano passado, por exemplo, a Mercedes fez a dobradinha com George Russell e Lewis Hamilton e foi seguida pela dupla da Ferrari com Carlos Sainz Jr. subindo ao pódio e Charles Leclerc em 4º. Foi uma das melhores corridas senão a melhor da temporada. Na véspera, Russell já tinha superado Max Verstappen e cruzado a linha de chegada em primeiro lugar na corrida sprint. Um ano antes, Valtteri Bottas, com Mercedes, dominou Verstappen na sprint enquanto Lewis Hamilton superou o holandês no Grande Prêmio de São Paulo. A Ferrari venceu no Brasil pela última vez em 2017 com Sebastian Vettel e ainda colocou Kimi Raikkonen no pódio, e 3º. 

A maioria dos pilotos considera Interlagos como um circuito desafiador, que alterna curvas de alta e baixa, retas e bons pontos de ultrapassagem. A altitude do autódromo – cerca de 750 metros – afeta a pressão aerodinâmica e tira as equipes da zona de conforto. Não por acaso é o único traçado que receberá agora em 2023 a sprint pelo terceiro ano consecutivo.