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Os novos carros da F1. Bonitos e com segredos.

Por Castilho de Andrade

   A Fórmula 1 entra na segunda semana de lançamentos. Depois da Haas, Red Bull, Aston Martin e McLaren, na semana passada, teremos hoje a AlphaTauri, amanhã a Williams, na quarta a Ferrari e na quinta a Mercedes (quando a novela sobre a presença de Lewis Hamilton deverá chegar ao capítulo final). A Alpine ficou para a próxima semana e a Alfa Romeo, dia 27, depois dos testes de Barcelona que serão realizados entre 23 e 25 deste mês. Os modelos já apresentados e os que virão esta semana, entretanto, devem ser vistos com reservas. Provavelmente aparecerão diferentes quando forem para o circuito espanhol. E há quem diga que só nos testes do Bahrein é que os carros terão todos os detalhes exibidos. 

    Do ponto de vista visual, os quatro apresentados são bonitos, a pintura fosca chama a atenção. Se fosse escolher um entre os quatro, ficaria com a McLaren com lateral alongada e o preto sobressaindo.  

    Os dirigentes da Red Bull foram francos no lançamento e deixaram claro que o carro apresentado não é o modelo definitivo para a temporada de 2022. A Haas apresentou apenas um layout computadorizado. O da Aston Martin estaria mais próximo do que pretende para disputar o Mundial. A explicação é simples. Este ano veremos monopostos bem diferentes em relação aos anos anteriores por conta da mudança de regras. Então as equipes, certamente, estão preferindo não abrir o jogo por enquanto e permitir que a concorrência possa se aproveitar de um outro detalhe. É o chamado segredo de fábrica. A McLaren também admitiu que mudanças estão previstas. 

    As equipes estudaram um layout com destaque para os nomes dos patrocinadores – as apresentações chamam a atenção do público em todo o mundo – enquanto os engenheiros liberam apenas o básico, o que já se sabia, camuflando o resto.   

    Os recursos aerodinâmicos para tirar o máximo de velocidade dos carros de acordo com as novas diretrizes serão cruciais para as vitórias e os melhores resultados. Estimava-se que os carros perderiam cerca de dois segundos por volta. Agora já se fala em um segundo ou menos segundo as projeções computadorizadas.  

    Os testes demonstrarão quem vai sair na frente. Mas haverá tempo ainda para alterações aqui e ali quando todos os segredos tiverem sido revelados. Fica a dúvida se teremos protestos contra uma ou outra inovação.  

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.