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Fórmula 1: A luta pelo vice vai ser dura

Por Castilho de Andrade

Se Max Verstappen está muito perto do bicampeonato – do ponto de vista aritmético pode consagrar-se já em Cingapura, dia 2 de outubro – a disputa pelo vice está longe de acabar. E para tornar mais interessante, são três equipes distintas em busca do resultado: Ferrari (Charles Leclerc), Red Bull (Sergio Perez) e Mercedes (George Russell). E outro ferrarista, Carlos Sainz, não pode ser descartado.

Temos pela frente mais seis corridas. Cingapura (2/10), Japão (9/10), Estados Unidos (23/10), México (30/10), BRASIL (13/11) E Abu Dhabi (20/11). Portanto, contando com os oito pontos da Sprint, em Interlagos, teremos em jogo 164 pontos. A diferença entre Leclerc (2º) e George Russell (4º) é de apenas 16 pontos. Matematicamente, outros pilotos ainda têm chances, dependendo da combinação de resultados.

Nesta folga de duas semanas – por conta do cancelamento do GP da Rússia – as equipes estão se concentrando também, além da busca de vitórias, nessa disputa. Trata-se de uma questão de honra para Ferrari e Mercedes. E para a Red Bull, a chance de nocautear as duas principais adversárias, fazendo de Sergio Perez o vice.

Se a Red Bull antecipar a conquista do título – Cingapura ou Japão onde as possibilidades são maiores – a escuderia jogará suas fichas em Perez na busca do vice. E contará com o apoio da imensa torcida asteca no autódromo da Cidade do México.

A Ferrari, por razões óbvias, deverá privilegiar Leclerc que tem 32 pontos a mais do que o espanhol Carlos Sainz e, dessa forma, chances melhores.

Já a Mercedes deve seguir o mesmo caminho. A distância entre George Russell e Lewis Hamilton é de 35 pontos. Portanto, a escuderia não tem outro caminho senão o de favorecer, quando possível, o trabalho de Russell que, diga-se de passagem, vem correspondendo bem.

A disputa pelo vice-campeonato de construtores também poderá ser atraente na reta final. Se a Red Bull segue firme no caminho do título, a diferença entre a Ferrari (2º) e Mercedes (3º) é de 35 pontos. A Mercedes reagiu na segunda metade da temporada e a Ferrari segue com um

rendimento irregular. Não é improvável que possam chegar muito próximas nas duas provas finais, BRASIL e Abu Dhabi. Nesse caso, o talento de Lewis Hamilton poderá ser o fiel da balança.

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.