A AlphaTauri está no centro das discussões que antecedem o início do Mundial de Fórmula 1 2024. E a questão não se limita ao nome que a escuderia utilizará na temporada. A colaboração mais estreita entre a Red Bull e a AlphaTauri já cria os primeiros pontos de atrito. A McLaren solicitou uma investigação da Federação Internacional de Automobilismo sobre como funcionará a parceria a partir de agora.
As regras da Fórmula 1 são rígidas no que se refere à troca de informações e equipamento entre duas equipes distintas. Este ano, por exemplo, os fiscais da FIA deverão realizar visitas surpresa às sedes das equipes, checando se nenhuma regra está sendo violada. A AlphaTauri mudou sua sede e estará mais perto da Red Bull. A Mercedes, por enquanto, não vê problemas na parceria, argumentando que as exigências da FIA são suficientemente claras para evitar qualquer tipo de suspeita. A Ferrari não se manifestou a respeito.
Com a preocupação de obter melhores resultados, a direção da AlphaTauri trocou Franz Tost por Laurent Mekies como chefe de equipe. E comunicou que, dentro dos limites possíveis, aumentará a aquisição de peças da ‘irmã’ Red Bull. Dessa forma, Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda contarão com carros mais eficientes do que no ano passado quando a escuderia terminou a temporada em 8º lugar, na frente apenas de Sauber e Haas.
O alerta com o pedido da McLaren acendeu uma luz amarela. Se a AlphaTauri, cujo nome oficial deve ser anunciado em breve (Racing Bulls ou Visa Cash App RB), avançar muito em relação à 2023 a discussão vai crescer.
Para efeito de comparação, no futebol, dois clubes de uma única empresa proprietária não poderiam estar juntos na mesma divisão. Entretanto, se o Red Bull Bragantino e o RB Lepzig, da Alemanha, por exemplo, chegarem à final de um Mundial de Clubes, a legislação não teria como vetar o confronto. A UEFA, que é mais rigorosa sobre o tema, já estuda alterar o regulamento, abrindo espaço para mais clubes de um único dono disputarem em uma competição comum.
A Fórmula 1, ampliando seus negócios, busca acomodar os pedidos para novos GPs que não param de chegar. Nesta semana, Madri deverá anunciar oficialmente que substituirá Barcelona como sede do Grande Prêmio da Espanha a partir de 2026. A prova seria realizada em um circuito de rua, em torno de um local especialmente dedicado à feiras e exposições na capital espanhola.
