O GP de Mônaco, quinta etapa do Mundial de F1, mudou a cara do campeonato. Max Verstappen assume a liderança com quatro pontos sobre Lewis Hamilton e a Red Bull passou a Mercedes por um ponto. A Red Bull fez tudo certo e a Mercedes terá que contabilizar o prejuízo.
Há vários aspectos na corrida – sem maiores disputas na pista – que não podem ser negligenciados. Em primeiro lugar, o fato de cinco equipes distintas ocuparem as seis primeiras posições da classificação final: Red Bull, Ferrari, McLaren, Aston Martin e AlphaTauri; em segundo lugar, um pódio com a nova geração da F1: Max Verstappen, Carlos Sainz Jr. e Lando Norris; em terceiro, o primeiro indício de recuperação do tetracampeão mundial Sebastian Vettel, 5º colocado, merecidamente eleito o ‘Piloto do Dia’. Em um circuito onde as batidas no guard-rail são quase inevitáveis, esta foi a primeira corrida da temporada sem a intervenção do ‘safety car’.
Outros detalhes acabaram tendo uma influência determinante no resultado da corrida. O primeiro começou no sábado com a batida de Charles Leclerc no guard-rail. Ele manteve a pole position e havia o temor de que a caixa de câmbio tivesse sido afetada. Neste caso, a troca do equipamento custaria cinco posições. A Ferrari concluiu que a peça não tinha sido afetada, mas o problema se fez sentir na volta de instalação do grid. Mas o problema também poderia ter sido uma falha no sistema eletrônico do carro. Leclerc ficou de fora da prova. A troca do câmbio, na dúvida, talvez fosse a decisão mais objetiva, mesmo com o sacrifício da pole. Mesmo frustrado por ter perdido a chance de correr, Leclerc, entretanto, apoiou a equipe até o final e foi um dos primeiros a cumprimentar Carlos Sainz Jr. pelo pódio.
O segundo detalhe foi o estranho abandono de Valteri Bottas, firme na segunda posição, depois do pit stop. A roda dianteira direita simplesmente não se soltou após três tentativas e o piloto foi obrigado a abandonar, comprometendo a pontuação no Mundial de Construtores. A primeira explicação é que a porca teria se fundido com o eixo. A Mercedes também se precipitou chamando antes Lewis Hamilton para o box, impedindo-o de tentar uma classificação melhor do que o 7º lugar.
A próxima etapa será no Azerbaijão, em seis de junho, também um circuito de rua. Entretanto o traçado conta com uma grande reta que já implica em um aproveitamento melhor das unidades de potência.
