Logo F1 SP GP Home page

Pista liberada. Temporada da F1 começa em Melbourne.

Por: Castilho de Andrade
12/março/2025
4 min de leitura

      Lewis Hamilton na Ferrari, seis rookies, Mônaco com dois pits obrigatórios, sistema de refrigeração nos carros (a partir de 30,5 graus), limite de flexibilização das asas dianteiras (a partir do GP da Espanha), o projetista Adrian Newey na Aston Martin e a volta de um piloto brasileiro – Gabriel Bortoleto – ao grid. O Mundial 2025 abre no próximo final de semana com o GP da Austrália e atrações não faltam. A BandTV e BandNews FM transmitem a corrida com exclusividade a partir da 1h00 (hora de Brasília), na madrugada de sábado para domingo. A classificação será às 2h00, de sexta para sábado.

       Para os fãs brasileiros, cuja audiência deverá crescer por conta da presença de Gabriel Bortoleto, as três corridas iniciais serão de madrugada. Depois da Austrália virão o GP da China, 23/3, às 4h, e o GP do Japão, 6/4, às 2h.

      Os testes de inverno, no Bahrein, revelaram uma equipe Ferrari consistente com Lewis Hamilton e Charles Leclerc e o resultado, com Carlos Sainz Jr. como o mais veloz dos três dias surpreendeu. A McLaren esteve bem e a Red Bull terá que evoluir para sonhar com o penta de Max Verstappen. Como no ano passado, o longo percurso envolverá 24 GPs. O GP de São Paulo de F1 será disputado nos dias 7, 8 e 9 de novembro, em Interlagos, 21ª corrida da temporada.

       A organização da F1 manteve seis corridas sprint em 2025. A única mudança foi a inclusão do GP da Bélgica no lugar no GP da Áustria. Interlagos continuará sendo privilegiado com a corrida curta. As demais serão China, Miami, EUA e Catar.

       A presença de seis estreantes ou quase estreantes no campeonato chama a atenção. Com Gabriel Bortoleto (Sauber), Isack Hadjar (Racing Bulls), Liam Lawson (Red Bull), Ollie Bearman (Haas), Jack Doohan (Alpine) e Kimi Antonelli (Mercedes), os primeiros resultados do ano são imprevisíveis. Pelo menos um, Jack Doohan, correrá sob ameaça com a sombra do argentino Franco Colapinto. Nos testes do Bahrein, entretanto, Doohan demonstrou tranquilidade e segurança.

        Quais são as apostas para 2025? 

          A primeira delas é a Ferrari que não vence o Mundial de Pilotos desde 2007 com Kimi Raikkonen.  Vice-campeã de construtores no ano passado, a escuderia parece ter encontrado o equilíbrio necessário. Resta saber como administrará a disputa interna entre Hamilton e Leclerc. 

         Em seguida surge a McLaren. Campeã de construtores em 2024, a equipe dependerá muito do comportamento (instável) de sua dupla de pilotos formada por Lando Norris e Oscar Piastri.

         Na Red Bull, quem faz a diferença é Max Verstappen. Como o rendimento do carro será afetado pela saída de Adrian Newey só o futuro dirá.

          No sentido inverso, também será necessário esperar até que a Aston Martin possa demonstrar na prática o que lucrou com a chegada de Newey. O seu trabalho, oficialmente, começou na semana passada. 

          Finalmente, a Mercedes. A equipe de Toto Wolff, na verdade, é uma incógnita. Tanto pelo projeto do carro como pela eficiência de sua dupla de pilotos. Ao optar por um jovem e inexperiente Kimi Antonelli, Toto indicou que o objetivo da escuderia não seria o Mundial de Construtores, mas apostar nas chances de George Russell lutar pelo título. 

           Resta saber como a ‘grande mudança’ da F1 prevista para 2026, inclusive com a entrada de uma nova equipe – Cadillac – e novos motores – Audi, Ford – serão determinantes na disputa do Mundial de 2025 por conta do esforço que exigirão das equipes.

Autor Castilho de Andrade

O autor Castilho de Andrade

Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.