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O jogo no GP da Emilia Romagna

Por Castilho de Andrade

© LAT Images for Mercedes-Benz Grand Prix Ltd

As equipes de Fórmula 1 estão com um bom tempo para se prepararem para a segunda etapa do Mundial, dia 18 de abril, o GP da Emilia Romagna.  As questões não resolvidas no Bahrein terão de ser esclarecidas no circuito italiano de Ímola. Ninguém está confortável. 

Começamos pela ponta. A Mercedes reconheceu que não teve o melhor carro na corrida de abertura e, na Red Bull, ficou a dúvida sobre a decisão de determinar a Max Verstappen a devolução do primeiro lugar a Lewis Hamilton. Max poderia continuar na frente e, contando com alguma sorte, abrir uma boa diferença e vencer a corrida, mesmo com uma eventual punição de cinco segundos? Lewis Hamilton não poderia sair da pista? O piloto holandês não aprovou a ordem da equipe. E perdeu o ímpeto nos quilômetros finais. O dramático final na pista de Sakhir deverá determinar como será a disputa pela vitória em Ímola. 

Em relação à Red Bull, devemos ainda ficar atentos a Sergio Perez que só não galgou uma posição melhor do que o quinto lugar porque foi obrigado a largar em último, com uma pane na volta de instalação. O mexicano não pode descartado de uma disputa pelo pódio. 

Se a McLaren e Ferrari mostraram evolução e a boa adaptação de seus novos pilotos Daniel Ricciardo (McLaren) e Carlos Sainz Jr. (Ferrari), não se pode dizer o mesmo da incensada Aston Martin (ex-Racing Point, ex-Force India) onde o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, sempre muito franco e direto, reconheceu sua dificuldade em adaptar-se ao carro. No final, bateu em Esteban Ocon e levou cinco pontos na carteira. O 10º lugar conquistado por Lance Stroll não aliviou a situação da equipe. O fraco resultado da escuderia no primeiro evento do ano, fatalmente, aumenta a pressão por um resultado melhor. 

A Alpine (ex-Renault) foi bem nos treinos com Fernando Alonso chegando ao Q3 mas, não conseguiu chegar ao fim da corrida. Alonso diz que precisa rodar mais. A Alpine terá agora a obrigação de conduzir seus dois carros até a bandeirada final em Ímola. 

Com Alfa Romeo e Williams algo melhor do que em 2020 e a AlphaTauri confiante no poder dos motores Honda, sobra a Haas que, assumidamente, terá um ano muito difícil. A dupla Mick Schumacher e Nikita Mazepin terá de se acostumar com a ideia de ser apenas um ano de aprendizado. Permanecer na pista o maior tempo possível, evitar acidentes (como o de Mazepin logo no início da corrida Bahrein) e fazer quilometragem. A Haas só está pensando nas novas regras para 2022. 

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.