Norris, Verstappen e Piastri: pelo título de 2025.
A Fórmula 1 conhecerá o novo campeão mundial de pilotos neste final de semana, no GP de Abu Dhabi, última das 24 corridas da temporada. Três pilotos – Lando Norris, Max Verstappen e Oscar Piastri – lutarão pelo campeonato com vantagem para a McLaren que poderá se dar ao luxo de fazer jogo de equipe. Verstappen contará apenas com seus méritos. Líder, Norris tem 12 pontos de vantagem sobre Verstappen e 16 sobre Piastri. O piloto inglês só precisa de um 3º lugar para se consagrar. A vantagem de 12 pontos é um trunfo, já que ele poderá correr sem se arriscar. A BandTV e BandNews FM transmitem a corrida com exclusividade, domingo, a partir das 10h (de Brasília). No sábado, o treino de classificação será às 11h.
O circuito Yas Marina, em Abu Dhabi, já foi palco de importantes decisões de títulos da Fórmula 1 desde que entrou para o calendário da categoria. A saber:
2010 – Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Mark Webber e Lewis Hamilton estavam na disputa. Alonso era o favorito, mas Vettel venceu, a 10ª vitória da sua carreira, e tornou-se o mais jovem campeão mundial da F1. Foi a última vez em que 4 pilotos chegaram com chances na última corrida.
2014 – Com a pontuação dobrada na corrida final, Lewis Hamilton superou Nico Rosberg, conquistando o bicampeonato mundial. Foi o 70º pódio de Hamilton.
2016 – Nico Rosberg deu o troco e derrotou Lewis Hamilton, ambos na Mercedes, levantando o título da temporada, o único de sua carreira.
2021 – Max Verstappen conquista o seu primeiro título mundial, na corrida mais controversa em uma final de campeonato, superando Lewis Hamilton na volta final. Foi a 20º vitória e o 60º pódio de Max. A FIA, depois, reconheceu o erro e o diretor de prova Michael Masi perdeu o cargo.
Disputado desde 2009, o GP de Abu Dhabi tem em Lewis Hamilton seu maior vencedor com 5 conquistas seguido por Max Verstappen com 4. No ano passado, Lando Norris chegou em 1º. Max Verstappen é o recordista do tempo de pole – 1min22s109, estabelecido em 2021, com a Red Bull – enquanto Kevin Magnussen, com Haas, assinalou a melhor volta de prova com 1min25s637, no ano passado.
A temporada de 2025 ficará marcada por duas fases distintas. Na primeira, a McLaren dominou a competição e Oscar Piastri saiu na frente na disputa do título. Na segunda, Max Verstappen ressurgiu e colocou os dois pilotos da McLaren nas cordas.
Do GP dos Países Baixos, no dia 31 de agosto, até o GP do Catar, domingo passado, Verstappen reduziu de 104 para 12 pontos a distância para o líder do campeonato. Não é opinião, mas constatação. O holandês está um degrau acima dos demais pilotos do grid. Sobre o rendimento do carro da Red Bull, convém lembrar que a reação de Max coincidiu com a saída do então chefe de equipe Christian Horner.
Para Gabriel Bortoleto, voltar a Abu Dhabi traz boas lembranças. Foi nessa pista que ele conquistou o título da F2 no ano passado e andou pela primeira vez com a Sauber. A partir do ano que vem, Bortoleto estará na equipe de fábrica da Audi que adquiriu a Sauber e correrá com motor próprio.
No primeiro treino livre de sexta, algumas equipes utilizarão pilotos de testes. Na McLaren, por exemplo, Pato O’ Ward entrará no lugar de Oscar Piastri; na Williams Luke Browning entrará no lugar de Alex Albon; o inglês Cian Shields fará sua estreia na F1, pilotando o Aston Martin de Fernando Alonso enquanto Jak Crawford andará com o carro de Lance Stroll; na Alpine, Paul Aron substituirá Pierre Gasly. Na Red Bull, o recém-confirmado Arvid Lindblad para a temporada de 2026 pela Racing Bulls será o substituto de Yuki Tsunoda. E na Racing Bulls, Liam Lawson cederá o volante para Ayumu Iwasa. Finalmente, na Ferrari Arthur Leclerc, irmão de Charles, ocupará o cockpit do carro de Lewis Hamilton.
O autor Castilho de Andrade
Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.