Norris derruba o troféu de Verstappen. Só no pódio.
No Hungaroring, neste domingo (23/7), Lando Norris terminou em 2º lugar, mas não ameaçou a vitória de Max Verstappen, a 9ª na temporada. Com o triunfo do piloto holandês, a Red Bull completou 12 primeiros lugares consecutivos – incluindo a de Abu Dhabi no ano passado – e superou a marca de 11 vitórias seguidas que a McLaren estabeleceu em 1988, com Ayrton Senna e Alain Prost. No próximo fim de semana, a Fórmula 1 corre em Spa, na Bélgica. Depois virão as férias de agosto.
O GP da Hungria foi decidido na primeira curva. Max Verstappen, 2º do grid, ultrapassou o pole Lewis Hamilton (a 104ª da carreira e a 1º desde o GP da Arábia Saudita em 2021) e trouxe no vácuo os dois carros da McLaren. Max liderou a corrida até o fim e estabeleceu a melhor volta. Hamilton não recuperou mais a ponta e teve de se conformar com o 4º lugar. Curiosamente, as cinco primeiras equipes do Mundial de Construtores – Red Bull, Mercedes, Aston Martin, Ferrari e McLaren – colocaram seus dois pilotos na zona de pontos. A sexta equipe, a Alpine, teve os dois carros envolvidos em um acidente na largada, abandonando a corrida.
No pódio, o eufórico Lando Norris acabou quebrando o troféu de Max Verstappen durante a celebração da champagne. A peça de porcelana, tradicional na Hungria, vale cerca de R$ 200 mil. Depois do ‘acidente’, um jornalista comentou com Norris que o troféu quebrado poderia dar azar a Max a partir da corrida de Spa.
O ‘Piloto do Dia’ foi o mexicano Sergio Perez que largou na quinta fila e terminou em 3º. Os dois pilotos da Red Bull no pódio, mais uma vez, comprovam a sentença de Lewis Hamilton segundo a qual a escuderia austríaca está em outro patamar, na Fórmula 1 e é quase imbatível em circunstâncias normais. No Mundial de Construtores, a Red Bull tem 452 pontos enquanto a soma de Mercedes (2ª colocada) e Aston Martin (3ª) aponta para 407 pontos. No Mundial de Pilotos, Max aparece com 281 pontos, o que significa 142 pontos de vantagem sobre Fernando Alonso, o 3º colocado.
Atração da prova substituindo Nyck de Vries na AlphaTauri, Daniel Ricciardo passou para o Q2 no treino de sábado enquanto Yuki Tsunoda ficou no Q1. Na corrida, Ricciardo terminou em 13º e Tsunoda foi o 15º.
Com o contrato renovado até 2032, o GP da Hungria atraiu 303 mil pessoas durante os três dias do evento.
O autor Castilho de Andrade
Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.