O heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, está no Brasil. Veio falar de inclusão, do amor que sente pelo país e de sua imensa admiração por Ayrton Senna. Diante de uma plateia de 9.300 pessoas (e mais 6440 na exposição de empresas), na São Paulo Expo, Hamilton foi a atração, nesta terça-feira, 13/4, do segundo e último dia da VTEX DAY, evento de inovação digital totalmente brasileiro.
Hamilton apresenta-se como ‘empreendedor e defensor da diversidade’. E na conversa de uma hora com um dos CEOs da VTEX, Mariano Gomide, Hamilton dissertou sobre o longo caminho de um garoto negro, de condições financeiras limitadas, para alcançar o sucesso e pulverizar os principais recordes da Fórmula 1. O título da palestra diz tudo: “De azarão a líder, como prosperar contra todas as probabilidades e se tornar um ícone global”.
E, falando de Brasil e da emoção pelas vitórias, o vídeo de abertura não poderia ser outro: a arrebatadora conquista no Grande Prêmio São Paulo de F1, no ano passado, em Interlagos, quando ele recebe a bandeira brasileira antes de voltar para o box e sobe com ela ao pódio. “Sempre me senti meio brasileiro. Desde criança quando assistia às corridas de Ayrton, eu queria ser como ele, e via também o futebol brasileiro’.
Foi a morte do negro George Floyd em Minneapolis, nos Estados Unidos, que levou Hamilton a trazer a F1 para uma ação contra o racismo, em defesa de todas as minorias. ‘Eu tinha que fazer algo pelo meu tempo’. Hamilton, ao mesmo tempo, passou a defender a presença de mais diversidade na Fórmula 1 e em outras modalidades esportivas.
Assim como o Instituto Ayrton Senna, Hamilton criou a Mission 44 (número do piloto na F1) com investimento inicial de cerca de R$ 140 milhões para a formação de professores negros no Reino Unido, nas áreas de ciência, tecnologia e matemática. ‘Toda criança tem que ter acesso à educação’, disse.
Com peças autografadas e doadas pelo piloto, o Instituto Ayrton Senna receberá um novo apoio para continuar suas ações educacionais.
Lewis Hamilton volta ao Brasil em novembro. Nos dias 11, 12 e 13, ele disputa o Grande Prêmio de São Paulo de F1, na corrida que marca os 50 anos da categoria no país.
