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Largada e ritmo de campeão. É Max no México.

Por Castilho de Andrade

    O chefe de equipe e engenheiros da Mercedes se calaram quando assistiram à largada da Fórmula 1 no circuito Hermanos Rodriguez. Viram um audacioso piloto da Red Bull sair da segunda fila e, por fora, dominar os dois carros da Mercedes que saíram na frente, retardando muito a hora de frear na primeira curva. E não ser mais importunado até a vitória. Confuso, o pole Valtteri Bottas envolveu-se em uma batida e nunca mais se recuperou, restando o consolo de ficar com a volta mais rápida, mas sem levar o ponto extra. Lewis Hamilton conduziu seu carro ao segundo lugar, na frente de um eufórico Sergio Perez. Resultado: Max abre uma perigosa vantagem de 19 pontos. Mas ainda tem chão pela frente. 

     A Mercedes só programou a volta mais rápida para Bottas para evitar que ela ficasse com a Red Bull. O ponto extra só é atribuído a um piloto que cravar a volta mais rápida, mas estiver entre os dez primeiros colocados. Bottas acabou em 15º e permitiu que a Red Bull melhorasse muito sua posição no Mundial de Construtores. A vantagem da Mercedes caiu para apenas um ponto. 

      Valtteri Bottas, que deixará a escuderia no fim da temporada, não tem colaborado muito com a luta de Hamilton para chegar ao oitavo título. No México, teve ainda a infelicidade de fazer a pior troca de pneus da corrida. Já Sergio Perez, que tem contrato renovado para 2022, demonstra mais empenho em ajudar Verstappen no que for possível. E os dois serão fundamentais nas quatro corridas restantes da temporada para a decisão dos dois títulos. 

        O Mundial terá ainda com as provas de São Paulo, no próximo domingo em Interlagos, Catar, Arábia Saudita e Abu Dhabi 107 pontos em jogo. Serão 100 pontos correspondentes às vitórias, quatro pontos pela volta mais rápida em cada uma das provas e ainda mais três pela Sprint Race, em Interlagos. Os 19 pontos de vantagem poderiam ser facilmente diluídos. Mas a determinação de Verstappen e o funcionamento equilibrado da equipe Red Bull apontam para uma complexa situação em que a Mercedes terá de se esforçar muito para equilibrar a disputa. No momento não parece fácil. 

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.