Logo do Fórmula 1 GP Brasil
 

Bem-vindo ao único site oficial do F1 Grande Prêmio de São Paulo

Fórmula 1 2022: a Mercedes começa dando as cartas

Por Castilho de Andrade

   Depois de três dias de testes em Barcelona, os novos carros da Fórmula 1 mostraram que ainda deverão evoluir. As equipes fizeram uma série de procedimentos com os compostos de borracha, acertos de asa, quantidades distintas de combustível e simulações. Na prática, Lewis Hamilton, com Mercedes, terminou com o melhor tempo dos três dias: 1min19s138 com pneus supermacios. No ano passado, o mesmo Lewis Hamilton cravou a pole do GP da Espanha com 1min16s741. 

    Hamilton foi o mais rápido no terceiro e último dia de testes, na sexta-feira, quando a temperatura em Barcelona não passou dos 16 graus. Com mais calor, a média horária já seria mais alta. No próximo período de testes, entre os dias 10 e 12 de março, no Bahrein, já veremos os carros mais rápidos. As simulações, ainda no ano passado, indicaram que os carros com as novas regras, seriam cerca de 1s ou menos, dependendo da pista, mais lentos do que em 2021. 

     Nem todas as equipes estiveram com seus carros chegando ao máximo de rendimento. A adaptação está no início e os pilotos sentiram a diferença. Mas alguns detalhes ficaram claros. 

     A Ferrari, por exemplo, mostrou vigor. Com dois pilotos jovens e agressivos como Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr, ela poderá sair do patamar do terceiro lugar em 21 para uma posição mais ambiciosa. E nessa situação, sua adversária voltaria a ser a McLaren, principalmente a de Lando Norris, outro bom destaque dos testes. 

     Como se esperava, George Russell não decepcionou. Rápido, com personalidade, o inglês ficou com o segundo melhor tempo dos três dias. Isso dá força e garantia à Mercedes deve começar a temporada como favorita ao título de construtores. Já o título de pilotos é outra história. 

     Max Verstappen não brigou para ficar entre os três primeiros, deixando essa disputa para seu companheiro de equipe, Sergio Perez, o terceiro mais rápido, atrás das duas Mercedes, utilizando pneus macios. Ou seja: a Red Bull não perdeu terreno.  

     Entre as demais equipes, a Aston Martin demonstrou alguma evolução e Sebastian Vettel correspondeu conquistando o sétimo melhor tempo. Mas ainda é cedo para um prognóstico definitivo. 

      Os quiques por causa do novo efeito solo ainda vão exigir mais cuidado e aprendizado por parte dos pilotos. E a primeira impressão é que as ultrapassagens, realmente, ficarão mais fáceis. 

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.