Fim de férias. E a Fórmula 1 volta com tudo
O GP dos Países Baixos – domingo, 10h (hora de Brasília), circuito de Zandvoort – abre a segunda metade do Mundial de Fórmula 1 2023. As dez corridas deverão confirmar a hegemonia da equipe Red Bull e autenticar o terceiro título do líder Max Verstappen que corre em casa. Mas, a frase do pentacampeão de Balcarce Juan Manuel Fangio – ‘carreras son carreras’ – serve de alerta. Nada está decidido antes da bandeirada final.
Antes das férias de agosto, a Fórmula 1 disputou 12 corridas e a Red Bull venceu todas, sendo 10 com Max Verstappen e 2 com Sergio Pere.
A corrida em Zandvoort vem cercada de muita expectativa porque Max é um ídolo inquestionável. Nas edições de 2021 e 2022, o piloto venceu depois de marcar a pole. No ano passado fez também a melhor volta da corrida.
A Fórmula 1 vem tomando algumas providências em relação à prova. A primeira delas é uma ação persuasiva contra o assédio nas arquibancadas do autódromo. Como a organização do GP de São Paulo de Fórmula 1 já disponibilizou desde o ano passado, haverá em Zandvoort um canal exclusivo para denúncias. Haverá também restrições contra o uso excessivo de sinalizadores de fumaça. Uma das preocupações dos promotores é uma ameaça de boicote dos taxistas que estão impedidos de circular na região do autódromo. Eles ameaçam bloquear todas as vias de acesso ao circuito.
Do ponto de vista esportivo, a eventualidade de que a FIA possa proibir a utilização da asa móvel no treino de classificação – e com isso reduzir a vantagem que a Red Bull mantém sobre as adversárias – deve provocar muitas discussões. A decisão ainda não foi tomada e não se sabe, caso seja aprovada, a partir de qual corrida seria adotada.
Max passou o final de semana dando entrevistas para diversas publicações de Amsterdã e, em quase todas, levantou dúvidas sobre seu futuro. Seu contrato com a Red Bull vai até 2028.
O autor Castilho de Andrade
Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.