Em Monza, a grande festa ferrarista.
Charles Leclerc, o ‘Piloto do Dia’, só fez uma parada no GP da Itália. Chegou com os pneus duros destruídos, mas venceu a corrida com méritos. A comemoração, depois da invasão da pista, foi empolgante. A McLaren subiu ao pódio com Oscar Piastri (2º) e Lando Norris (3º), que cravou a melhor volta. O público, nos três dias, foi de 304 mil pessoas. A Fórmula 1 estará de volta no dia 15 de setembro nas ruas de Baku, com o GP do Azerbaijão.
O novo asfalto de Monza e as zebras mais baixas determinaram a história do GP da Itália 2024. As equipes jogavam com a possibilidade de uma parada. O desgaste além do que se previa, entretanto, exigiu uma estratégia de duas trocas de pneus. Correndo o risco de não chegar ao fim da corrida, a Ferrari apostou em um caminho distinto para Leclerc e acertou. Leclerc conduziu o carro nas últimas 15 voltas com o máximo cuidado possível enquanto Oscar Piastri vinha atrás com pneus mais novos, acelerando forte. A diferença entre os dois terminou com 2,6 segundos na linha de chegada. Leclerc concluiu o percurso com a média horária de 246,431 km.
A McLaren, que poderia ter invertido a posição de seus dois pilotos – Lando Norris é o 2º do campeonato (com uma diferença de 62 pontos em relação a Max Verstappen) – não se intrometeu na disputa. No GP da Hungria, a equipe trocou a vitória de Lando Norris por Oscar Piastri. Dessa forma, abrindo mão de 10 pontos que Norris poderia ter somado nessas duas corridas (7 na Hungria e 3 na Itália), a McLaren acenou quem não está preocupada com o Mundial de Pilotos. Ao que parece, a escuderia quer os dois pilotos motivados para somar pontos e vencer o Mundial de Construtores cujas chances são grandes. A diferença da Red Bull para a McLaren é de apenas 8 pontos e para a Ferrari, 39 pontos.
A Red Bull segue dependendo apenas do esforço de Max Verstappen. O piloto, mais uma vez, reclamou do trabalho pelo rádio, insatisfeito com o 6º lugar na prova (Sergio Perez foi o 8º). A equipe foi mal até na primeira troca de pneus de Verstappen, perdendo mais de 6 segundos. Em Monza, a escolha por um acerto mais antigo para os dois carros não funcionou.
Culpado por uma batida no carro de Pierre Gasly, da Alpine, o piloto Kevin Magnussen, Haas, foi punido em 10 segundos e dois pontos na carteira. Dessa forma, o dinamarquês chegou a 12 pontos e deverá cumprir suspensão automática no GP do Azerbaijão. Ollie Bearman é o favorito para substituir Magnussen.
A novidade em Monza ficou por conta argentino Franco Colapinto, promovido pela equipe Williams para as últimas nove corridas da temporada. Colapinto, 21 anos, entrou no lugar do americano Logan Sargeant, dispensado depois do acidente em Zandvoort. Colapinto não se arriscou, ficou no Q1 no treino de classificou e terminou a corrida em 12º lugar, bom resultado para um estreante.
E como se esperava, a Mercedes anunciou o italiano Kimi Antonelli, 18 anos, como substituto de Lewis Hamilton na temporada do ano que vem. Dessa forma, o grid de 2025 tem apenas duas vagas abertas, uma na Kick Sauber para correr ao lado do alemão Nico Hulkenberg e outra na RB Honda onde Yuki Tsunoda está confirmado.
Fórmula 2 – Com uma vitória impressionante, saindo em último lugar, o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto demonstrou ousadia e estratégia na etapa de Monza. Dominou a prova e agora está a 10,5 pontos do líder franco-argelino Isack Hadjar. A vitória veio no momento preciso quando a equipe Kick Sauber estaria decidindo entre renovar o contrato de Valtteri Bottas ou substitui-lo por Bortoleto. Enzo Fittipaldi está em 11º lugar no campeonato. A F2 terá ainda mais três corridas na temporada: Azerbaijão, Catar e Abu Dhabi.