África, o próximo destino.
A FIA escolheu Kigali, capital de Ruanda, para a entrega de prêmios da temporada de 2024. Entre outros, Max Verstappen foi a estrela com o troféu de tetracampeão mundial de Fórmula 1, e Gabriel Bortoleto, campeão da Fórmula 2 e o rookie (estreante) do ano. A cidade não foi escolhida por acaso. Ruanda, que fica na região centro-oriental do continente, apresentou uma proposta oficial para receber a Fórmula 1 até o final da década. Mas já tem uma concorrente: a África do Sul pretende trazer de volta a categoria para o circuito de Kyalami, em Johannesburgo. O último GP no país data de 1993.
Um dos grandes defensores da F1 na África é Lewis Hamilton para quem isso poderia trazer grandes benefícios, criar empregos e promover o desenvolvimento tecnológico. ‘Com a África, a Fórmula 1 estará em todos os continentes. Isso seria ótimo’, disse o piloto que correrá pela Ferrari no ano que vem.
A Fórmula 1 tem questões pendentes para resolver antes do início do Mundial de 2025, previsto para começar e 16 de março, na Austrália. A principal dela envolve as escuderias Red Bull e Racing Bulls (a nova denominação da RB Honda).
Como se sabe, a situação do mexicano Sergio Perez é incerta. Se, por um lado, ele está inscrito para 2025, por outro seguem a especulações sobre sua possível queda. Ele seria substituído por Liam Lawson que, por sua vez, abriria a vaga na Racing Bulls para o francês Isack Hadjar, vice-campeão da F2. A nova escalação não agrada a Honda que estaria pressionando a Red Bull para promover Yuki Tsunoda como novo companheiro de Max Verstappen. A questão é que a Honda deixará a escuderia no final de 2025 e já não teria força política para impor seu piloto favorito.
Nos últimos dias, Max Verstappen usou adjetivos elogiosos para Perez, falando da camaradagem e da boa parceria entre os dois pilotos desde 2021, eximindo-o de parte da responsabilidade pela perda do título de construtores que acabou nas mãos da McLaren.
O campeonato de 2026, quando os carros da Fórmula 1 ganharão contornos mais simples e novos motores estarão disponíveis, também está no foco das equipes. A futura escuderia Cadillac, da família Andretti, deixou escapar que já teria um favorito para acelerar seus monopostos que, nos dois primeiros anos, utilizarão motor Ferrari: o australiano Daniel Ricciardo, dispensado este ano pela Red Bull. A direção da equipe quer um piloto com muita vivência na categoria para dar respostas bem fundamentadas aos engenheiros. Ricciardo poderia formar dupla com o americano Colton Herta, vice-campeão da Indy em 2024.
O GP de São Paulo de Fórmula 1 2025 será disputado em Interlagos nos dias 7, 8 e 9 de novembro.
O autor Castilho de Andrade
Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.