Max é o máximo. Vitória fácil em Sakhir.
O tricampeão mostrou suas credenciais na primeira das 24 corridas do ano, neste sábado. Fez a pole, liderou de ponta a ponta e ainda cravou a melhor volta da corrida no circuito de Sakhir. A Red Bull garantiu a dobradinha com Sergio Perez em 2º e Carlos Sainz, o ‘Piloto do Dia’, completou o pódio, causando algum desconforto para a Ferrari. No próximo sábado, às 14h (de Brasília) a Fórmula 1 corre em Jeddah, no GP da Arábia Saudita.
A disputa ‘doméstica’ entre Carlos Sainz Jr. e Charles Leclerc foi uma das atrações da prova. Sainz largou na segunda fila e ultrapassou Leclerc, que saiu na primeira fila, duas vezes. Na primeira ultrapassagem, os dois pilotos quase se tocaram o que poderia ter comprometido a corrida dos dois. Outro bom duelo foi o que os dois pilotos da Ferrari e George Russell fizeram ao longo da prova. Sainz Jr. foi preterido com a contratação de Lewis Hamilton para 2025. O espanhol deixará a escuderia enquanto Leclerc teve seu contrato renovado. A atuação de Sainz foi uma resposta à decisão dos dirigentes ferraristas.
Esperava-se que a distância entre a Red Bull e as demais escuderias estivesse menor do que em 2023. Verstappen, entretanto, abriu uma vantagem de 22s4 para seu companheiro de equipe, 25s1 em relação a Sainz e 39s6 para Charles Leclerc. A leitura é óbvia. Max está muito na frente de Perez e a escuderia leva uma cômoda vantagem sobre as concorrentes.
As marcas de Verstappen no Bahrein foram expressivas. Fez a volta mais rápida da prova em 1min32s608 contra 1min33s996 de Guanyu Zhou em 2023; também baixou o seu próprio tempo de pole, marcando 1min29s179 enquanto no ano passado tinha cravado 1min29s708. O tempo de prova do vencedor – 1h31min44s742 – também foi melhor do que em 2023 quando Max concluiu o percurso em 1h33min56s736.
A McLaren não foi precisa na estratégia de corrida de seus dois pilotos, a Mercedes não ofereceu um carro mais estável para sua
dupla – Lewis Hamilton correu parte da prova com o banco quebrado – e a Aston Martin não teve força para brigar por uma classificação melhor. A preocupação dos dirigentes da McLaren com a parceria ampliada entre a Red Bull e a RB Honda (antiga AlphaTauri) mostrou-se desnecessária. Nem Daniel Ricciardo nem Yuki Tsunoda ameaçaram os dez primeiros colocados.
Entre as demais escuderias, a queda de rendimento da Alpine, já projetada desde os testes, se confirmou. A equipe vai sofrer disputando as últimas posições.
O autor Castilho de Andrade
Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.