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Mundial F1 2025: a dez corridas do fim.

Por: Castilho de Andrade
11/agosto/2025
3 min de leitura

A Fórmula 1 está no intervalo das férias de agosto e volta no dia 31 deste mês em Zandvoort para a disputa do GP dos Países Baixos. As equipes, então, deverão apresentar um comportamento distinto: a pressão para desenvolver um carro competitivo em 2026 determinará os rumos da atual disputa pelos títulos de pilotos e construtores.

As equipes são realistas e reconhecem que, em relação ao campeonato de construtores, não há o que fazer. O trabalho será conseguir a melhor classificação possível, sem se iludir com a chance de chegar ao título.  Com 299 pontos de vantagem sobre a Ferrari (2ª colocada) e 323 em relação à Mercedes (3ª), a McLaren (559 pontos) só perde o bicampeonato se tirar seus pilotos da pista.

Entre os pilotos, a disputa entre Oscar Piastri e Lando Norris, a dupla da McLaren, separados por irrisórios 9 pontos, é imprevisível. Piastri venceu 6 corridas, Norris, 5. O equilíbrio não permite previsões mais precisas. O 3º colocado, Max Verstappen, vê o duelo cada vez mais longe. Distante de Piastri por 97 pontos e de Norris por 88, suas possibilidades são apenas aritméticas já que a superioridade da McLaren é um fato e não uma opinião.

Para uma improvável disputa pelo título de construtores, a Ferrari teria que tirar média de 30 pontos por corrida, com seus dois pilotos, para alcançar a McLaren. No caso de Max Verstappen, ele teria de reduzir a distância com a média de 10 pontos por corrida para encostar em Oscar Piastri.

Faltando 10 corridas para o final do campeonato, 274 pontos estão em jogo, incluindo os 24 das três corridas sprint restantes: GP dos Estados Unidos, GP de São Paulo (dias 7, 8 e 9 de novembro) e GP do Catar.

Sem novas atualizações previstas para a maioria das equipes, a história das dez etapas restantes não deve sofrer nenhuma grande alteração.

O que vai chamar a atenção, certamente, é a evolução de dois pilotos – Gabriel Bortoleto e Isack Hadjar – e o futuro de alguns cockpits ainda indefinidos. Bortoleto concorre ao ‘rookie’ (estreante) do ano e Hadjar é uma possível aposta da Red Bull para o lugar de Yuki Tsunoda. Para Bortoleto, a corrida em Interlagos, com o apoio da torcida, poderá ser um diferencial.

Até lá, outro brasileiro, Felipe Drugovich, poderia ser confirmado como piloto da Cadillac em 2026. A concorrência, entretanto, segue complexa e envolve ainda Valtteri Bottas (quase certo), Sergio Perez, Mick Schumacher, Alex Dunne, Jak Crawford e Guanyu Zhou.

Autor Castilho de Andrade

O autor Castilho de Andrade

Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.