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Fórmula 1: o Brasil de volta com Bortoleto.

Por: Castilho de Andrade
14/agosto/2025
3 min de leitura

O GP de São Paulo de Fórmula 1 2025, dias 7, 8 e 9 de novembro, vai ter um novo colorido. Depois de oito anos, quando Felipe Massa abandonou as pistas, o público de Interlagos poderá agitar as bandeiras verde-amarelas a cada passagem de Gabriel Bortoleto. Asas gigantes de borboletas (uma associação com o sobrenome de Gabriel) também estão previstas nas arquibancadas. Forte candidato ao título de melhor ‘rookie’ (estreante) da temporada, o piloto cresce a cada prova.

As primeiras marcas de 2025 já direcionam para uma ótima temporada. Em junho, na Áustria, Bortoleto tornou-se o brasileiro mais jovem a pontuar na F1, com o 9º lugar. E com 20 anos e 9 meses, na Hungria, passou a ser o mais jovem piloto do Brasil a conquistar um 6º lugar na categoria mais importante do automobilismo mundial. Depois de 14 corridas disputadas este ano, Bortoleto é o 17º colocado do campeonato, somando 14 pontos.

A Sauber renasceu em 2025 depois de uma péssima campanha no ano passado quando ficou em último lugar no Mundial de Construtores com apenas 4 pontos. A escuderia trocou seus dois pilotos, apostando na experiência de Nico Hulkenberg e no talento e juventude de Gabriel Bortoleto. Até agora, a Sauber soma 51 pontos, ocupando a 7ª posição.

Na comparação com Hulkenberg, Bortoleto largou oito vezes na frente do companheiro de equipe e seis vezes atrás. Nas corridas é o inverso: Hulkenberg terminou 8 vezes na frente de Bortoleto e 6 vezes atrás. Convém lembrar que esta é a primeira temporada de Bortoleto enquanto Hulkenberg está na 14ª.

A carreira meteórica de Bortoleto começou quando, ainda adolescente, foi morar na Itália, disputando competições de kart e, daí, seguindo para as demais categorias. Passou pela Fórmula 4 da Itália, pela Fórmula Regional Europeia (FRECA) e chegou na Fórmula 3 em 2023, conquistando o título no primeiro ano. No ano passado disputou a Fórmula 2, último de grau para a F1. Ganhou o título e, de quebra, arrasou com uma vitória em Monza, preliminar do GP da Itália, largando em 22º lugar. Foi o passo definitivo para garantir a disputada vaga na equipe Sauber, depois de uma tranquila e amigável negociação para romper seu compromisso com a academia de jovens pilotos da McLaren. Vencer na F3 e F2, em seu primeiro ano, colocou Bortoleto ao lado de Oscar Piastri, Charles Leclerc e George Russell

Desde o início na Fórmula 3, Bortoleto garantiu um apoio inestimável em sua carreira: o suporte da A14 Management, a agência de talentos de Fernando Alonso.

Após a corrida no Hungaroring, o ex-presidente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, lançou o nome de Bortoleto para, em um futuro não muito distante, ocupar o cockpit que atualmente pertence a Lewis Hamilton, na Ferrari.

A Fórmula 1 já olha Bortoleto com muito respeito.

Autor Castilho de Andrade

O autor Castilho de Andrade

Jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Fórmula 1 Grande Prêmio de São Paulo.