A novidade do calendário do Mundial de F1 2022 – o GP de Miami – é a grande atração esportiva no próximo domingo. Além da disputa entre Ferrari e Red Bull e as dúvidas que cercam a Mercedes, o circuito de rua da cidade da Flórida, em torno do Hard Rock Stadium, tem todos os elementos para a realização de uma bela corrida. Traçado anti-horário de 5,41 km, 19 curvas, três retas e três áreas para a abertura da asa. Velocidade máxima estimava em 320 km/h. A BandTV e a BandNewsFM transmitem ao vivo, a partir das 16h30 (de Brasília). No sábado, a classificação começa às 17h.
A realização do GP de Miami é a concretização de um projeto da Liberty Media para aumentar sua entrada nos Estados Unidos, além da corrida de Austin. No próximo ano, em novembro, haverá uma terceira prova no país, em Las Vegas.
Há alguns anos, em Interlagos, em conversa com o então presidente da FOM, Bernie Ecclestone, sugeri que ele pensasse na opção de Miami para o calendário. Ecclestone queria mais provas nos Estados Unidos. O argumento para defender Miami era óbvio. A Flórida tem um clima que permite fazer a corrida em qualquer época do ano, conta com visitantes de todo o mundo atraídos pela Disney World – principalmente latino-americanos – o que já garantiria o sucesso do empreendimento. Mas o projeto não evoluiu. Agora, no pós-pandemia, Miami busca uma reinvenção de seu turismo e o GP deverá ter um papel fundamental.
É bom lembrar que desde os anos 50, os Estados Unidos são o país que mais circuitos utilizou na Fórmula 1: Riverside, Sebring, Watkins Glen onde Émerson Fittipaldi, em 1974, conquistou o bicampeonato mundial), Long Beach, Las Vegas (onde Nelson Piquet, em 1981, tornou-se campeão pela primeira vez), Detroit, Dallas, Phoenix e Indianápolis. E agora Miami.
Um traçado desconhecido vem em um momento capital do Mundial. A melhor adaptação possível durante os treinos livres de sexta e sábado é o que poderá garantir ao piloto o caminho para a vitória. Até prova em contrário, a disputa ficará entre Charles Leclerc e Max Vertappen. A Mercedes é cautelosa. Mas espera-se que já revele alguma evolução.
