As férias da Fórmula 1 neste mês de agosto chegam em um bom momento para acalmar os ânimos. Depois do GP da Inglaterra, continuando no GP da Hungria, Mercedes e Red Bull viveram às turras e, até agora, a situação não se normalizou. O cachimbo da paz não foi aceso no Hungaroring e as reclamações seguem de ambas as partes. A F1 volta no dia 29 de agosto com o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. 

       Há um elemento novo nessa questão. Segundo a Red Bull, o prejuízo com o acidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, em Silverstone, chegou a R$ 9 milhões (!). A Ferrari também acusou uma perda significativa com a batida entre Lance Stroll e Charles Leclerc, na Hungria. E há a complicada questão da limitação de motores. Ferrari e Red Bull terão que partir para um quarto motor na temporada, incorrendo em penalizações. E isso em um ano onde a limitação de custos já está em vigor. 

       A Ferrari julga que o responsável por um acidente na pista – Lance Stroll e Valtteri Bottas foram considerados culpados pelas batidas na Hungria e perderão cinco posições no grid do GP da Bélgica – arque com os custos. Provavelmente, essa questão complexa ganhará força daqui para a frente até que a FIA coloque o assunto em discussão ou estabeleça regras. 

       A Red Bull ainda não assimilou o acidente de Silverstone embora haja quase um consenso geral na F1 de que foi um incidente de corrida. A Mercedes já tentou colocar panos quentes no caso, mas não funcionou. Mas, talvez, depois de três semanas de descanso o ambiente pode ficar mais sereno. Tudo dependerá, entretanto, dos próximos duelos entre as duas escuderias. 

        Nos próximos dias, também, a FIA deverá se pronunciar sobre o recurso da Aston Martin contra a desclassificação de Sebastian Vettel, na Hungria, porque seu carro terminou com menos de um litro de combustível no tanque. A Aston Martin apresentou provas de que houve uma falha na bomba de gasolina. Se o recurso for aceito, Vettel recuperará o segundo lugar na corrida.