Logo do Fórmula 1 GP Brasil
 

Bem-vindo ao único site oficial do F1 Grande Prêmio de São Paulo

Cachimbo da paz no Hungaroring?

Por Castilho de Andrade

A última corrida antes das férias de agosto, o GP da Hungria de Fórmula 1 no próximo final de semana, vem cercado de um interesse invulgar como consequência do incidente de Lewis Hamilton e Max Verstappen na primeira volta da corrida de Silverstone. As farpas, de ambos os lados, tomaram conta da semana pós-GP, esquentando o que poderá acontecer em Budapeste. O GP da Hungria, domingo, 10h, terá a transmissão exclusiva da Band TV e BandNews FM. No sábado, o treino de classificação começa às 10h.

Nos bastidores, consta, os dirigentes das duas escuderias já se movimentaram para esfriar os ânimos e evitar problemas mais sérios na corrida. O plano é promover um encontro entre os dois pilotos, entre quarta e quinta, selando a paz. Uma reunião a portas fechadas com o diretor de corridas e delegado de segurança Michael Mais não está descartada.

Ao mesmo tempo, a Fórmula 1 segue condenando as agressões racistas que Hamilton sofreu nas redes sociais após o acidente e o final de semana deverá fortalecer essa posição dos dirigentes da Liberty, pilotos e equipes.

Há ainda outro aspecto a ser considerado. Lewis Hamilton é o maior vencedor do Hungaroring, com oito conquistas, incluindo as três últimas corridas disputadas nessa pista. Foram cinco vitórias com a Mercedes e três com a McLaren. A obrigação da Red Bull é superá-lo e, dessa forma, mostrar que não se abalou e continua na busca do título mundial. A Honda tem como preocupação principal o estado do motor do carro de Verstappen. Entre hoje e amanhã, a montadora decidirá se poderá utilizá-lo ou não.

As características peculiares do Hungaroring, um traçado fechado onde as unidades de potência não chegam no limite, permitem que se pense em uma corrida complicada. A Mercedes estava em uma situação cômoda nas vitórias de Lewis Hamilton nas três últimas edições do GP da Hungria mas, este ano, enfrenta Max Verstappen que lidera o Mundial e vê ainda o crescimento da Ferrari e McLaren, carros que também poderão andar bem. Com ou sem o cachimbo de paz, a corrida promete.

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.