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A velocidade está de volta

Por Castilho de Andrade

    Domingo, meio dia (hora de Brasília), Bahrein. E a Fórmula 1 começará a viver um novo capítulo na sua história de sete décadas. Carros com nova configuração aerodinâmica, rodas de 18 polegadas, mais chances de ultrapassagem e uma rivalidade desafiadora entre Max Verstappen e Lewis Hamilton que remete à hostilidade entre Ayrton Senna e Alain Prost. Depois da polêmica corrida final de Abu Dhabi, no ano passado, quem vai se sair melhor neste início de uma longa temporada de 23 corridas, a mais longa da história? É preciso esperar para ver. A Band TV e a BandNews FM transmitem a corrida ao vivo. No sábado, o treino de classificação começa às 12h. 

    Toda a concepção dos novos carros teve dois propósitos básicos: favorecer mais disputas, reduzindo os efeitos da turbulência, e evoluir – sempre – na questão da segurança dos pilotos. 

     Antes dos testes de inverno, os cálculos da F1 indicavam que a perda de downforce quando um carro se aproximava do outro, a 10 metros de distância, era de cerca de 46%. Com as mudanças, que inclui até um retorno aproximado do que foi o carro-asa, essa perda sofreu uma brusca queda para 18%. Nos testes, as equipes avaliaram que talvez a queda não seja tão intensa. Mas será preciso avaliar melhor em condições de corrida. Ou seja: a partir de agora. 

      As equipes não tiveram mudanças muito significativas de 221 para 22. Apenas a Mercedes merece atenção com a substituição do desgastado Valtteri Bottas para o impetuoso George Russell. O efeito que essa mudança terá sobre Lewis Hamilton começaremos a conhecer neste domingo. Para o Mundial de Construtores, sem dúvida, deverá ser positiva. 

      Desde o final da temporada passada, Ferrari e McLaren davam indicações de que estavam evoluindo. Isso também se verificou nos testes, este ano, em Barcelona e Bahrein. Alpine e Aston Martins também devem render mais do que em 2021. 

      Outros destaques: a volta de Alexander Albon, pela Williams, a chegada inesperada do dinamarquês Kevin Magnussen para a vaga de Nikita Mazepin na Haas, e a estreia do primeiro piloto chinês na categoria, Guanyu Zhou, companheiro de equipe de Valtteri Bottas, na Alfa Romeo. 

      Quanto à redução de velocidade por conta das mudanças aerodinâmicas, no último dia de testes de inverno do Bahrein, Max Verstappen, com a Red Bull, foi cerca de três segundos mais lento em relação ao ano passado quando cravou a pole com 1min28s997. No sábado, marcou 1min31s973, a melhor marca dos três dias. Essa diferença deverá cair ao longo do campeonato. 

Castilho de Andrade é jornalista especializado em automobilismo e diretor de imprensa do Formula 1 Grande Prêmio de São Paulo.